terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Teste
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ECONOMIZAR ÁGUA É ESBANJAR INTELIGÊNCIA
Muita gente não se dá conta de que a água potável é um bem precioso, vital para a sociedade, mas finito.
Um bem que, se utilizado sem nenhum controle, pode futuramente até desaparecer do planeta.
Um bilhão e meio de pessoas no mundo já sofrem com a falta d'água.
Enquanto isso, tem gente que desperdiça, não usa a água de forma racional e, ainda por cima, não entende porque a conta vem tão alta no fim do mês.
É fácil descobrir se você é racional na hora de usar a água. Faça o teste abaixo. Depois é só ver as respostas e contar seus pontos.
Vamos lá....
1) Você lava o carro com:
a. uma mangueira
b. um balde
2) Você limpa a calçada com:
a. uma vassoura
b. um esguicho
3) Você rega as plantas com:
a. um balde ou regador, de manhãzinha ou à noite
b. uma mangueira, sempre que elas parecem meio murchas
4) Quando escova os dentes ou faz a barba você:
a. deixa a água escorrendo o tempo todo
b. fecha a torneira enquanto passa o creme de barbear ou escova os dentes
5) Lavando a roupa você:
a. deixa a roupa suja acumular e lava tudo de uma só vez
b. lava aos poucos, sempre que percebe que uma peça está suja
6) Para lavar os pratos você:
a. abre bem a torneira para limpar os restos de comida; depois, fecha meia volta enquanto ensaboa e enxágua os pratos
b. tira os restos de comida com uma escova; deixa a torneira fechada enquanto ensaboa os pratos e só abre de novo na hora de enxaguar
7) Usando o vaso sanitário você:
a. nunca usa o vaso sanitário como lixeira ou cinzeiro
b. joga toda a sujeira que pode no vaso sanitário, inclusive papéis e pontas de cigarro
8) Na hora do banho você:
a. orienta as crianças a seguirem seu exemplo e tomarem banho o mais rapidamente possível
b. deixa as crianças brincarem bastante no chuveiro durante o banho
9) Quando há um pequeno vazamento na sua casa você:
a. espera a coisa arrebentar de vez para chamar o encanador
b. chama logo o encanador
10) Quando vê um vazamento na rua você:
a. não faz nada, porque acha que não tem nada a ver com isso
b. liga gratuitamente para 195 e avisa a Sabesp o quanto antes
Agora conte seus pontos:
1) a. 0
b. 1
2) a. 1
b. 0
3) a. 1
b. 0
4) a. 0
b. 1
5) a. 1
b. 0
6) a. 0
b. 1
7) a. 1
b. 0
8) a. 1
b. 0
9) a. 0
b. 1
10)a. 0
b. 1
E descubra aqui se você é racional em relação ao uso da água:
De 9 a 10 pontos:
Parabéns! Poupar água é esbanjar inteligência. Continue usando a água de forma racional e colaborando contra o desperdício!
De 6 a 8 pontos:
Você está no bom caminho, mas ainda não chegou lá. Que tal ser um pouquinho mais racional e pensar sempre duas vezes antes de abrir a torneira? Faça a sua parte no combate ao desperdício, lendo as explicações abaixo!
De 5 a 0 pontos:
Que pena! Você vem usando a água de forma totalmente abusiva e com desperdício... Mas não desanime. Ainda há tempo! Releia atentamente as explicações abaixo e comece hoje mesmo a usar a água mais racionalmente. Afinal não custa nada evitar gastos excessivos e desnecessários. Mas pode custar muito ficar sem água!
Fonte: http://www.agrobyte.com.br/teste_agua.htm
Você sabia?
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Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água.
As algas produzem a maior parte do oxigênio da Terra.
O corpo humano possui na sua composição 3/4 de água.
O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água.
Na água originaram os primeiros organismos vivos que surgiram na Terra, há mais de 3 bilhões de anos.
São exemplos de doenças de veiculação hídrica : febre, disenteria, cólera, hepatite, poliomelite, malária, dengue, etc.
O gotejamento de uma torneira desperdiça de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês.
Um filete de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. E um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício.
Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d’água.
A água é um recurso vital. Todos podem colaborar fazendo a sua parte: agricultores, poder público, empresas, instituições e a sociedade.
Não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas que cuidem dos rios e lagos e garantam água potável para todos.
Fonte: Fantástico - Globo
Cadastrada em: 2/10/2008
A origem da poluição hídrica
Quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras).
O processo de poluição dos rios deve-se à quantidade de “alimentos” lançados nas águas. Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos preponderantemente de matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.
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O meio aquático precisa de alimento, porém o excesso gera poluição. O mesmo alimento que vai fazer proliferar todos os segmentos da vida aquática, resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. O consumo de oxigênio no ambiente será maior que seu fornecimento, que nas águas vêm através da superfície (ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas aquáticas. Muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lançada turva a água a ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece.
Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). Como esta demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que houve uma Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas, ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo.
A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons) e água, resultante da redução do oxigênio (ganho de elétrons).
Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem outros seres microscópicos capazes de se alimentar e “respirar” na ausência do oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas.
No processo anaeróbico, os subprodutos dependem do tipo do composto orgânico e da bactéria que está atuando. Quando são bactérias sulfatorredutoras – em ambientes ricos em sulfatos – ocorre o cheiro desagradável de ovos podres, típico de ambientes sépticos. Ao processo com mau odor chama-se também de putrefação.
Mas a decomposição anaeróbica também ocorre sem odores, por exemplo, com a produção de metano (gás dos pântanos), os álcoois, como os da decomposição por fungos da cevada, cana-de-açúcar e uva, produzindo a cerveja, a cachaça e o vinho. A estes processos chama-se fermentação.
Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição. São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para formação de suas células.
Para que ocorra a decomposição duas condições são essenciais:
a) que ocorram condições favoráveis à vida dos microrganismos, já que sua presença é indispensável;
b) que a matéria a ser decomposta seja assimilável.
Assim, para evitar que um produto entre em decomposição, cria-se condições desfavoráveis à proliferação dos microrganismos decompositores. Os meios para isto são conhecidos: aquecimento, resfriamento, dessecamento e uso de substâncias tóxicas. Há ambientes na Terra desfavoráveis à atividade bacteriana: nas zonas glaciares animais pré-históricos congelados se mantém inteiros; nas regiões extremamente áridas, os animais mortos desidratam sem apodrecer.
Bibliografia: MULLER. A. C., Introdução à Ciência Ambiental; Curitiba – PUC-PR; uso didático. Págs. 67 a 73.
O processo de poluição dos rios deve-se à quantidade de “alimentos” lançados nas águas. Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos preponderantemente de matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.
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O meio aquático precisa de alimento, porém o excesso gera poluição. O mesmo alimento que vai fazer proliferar todos os segmentos da vida aquática, resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. O consumo de oxigênio no ambiente será maior que seu fornecimento, que nas águas vêm através da superfície (ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas aquáticas. Muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lançada turva a água a ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece.
Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). Como esta demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que houve uma Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas, ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo.
A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons) e água, resultante da redução do oxigênio (ganho de elétrons).
Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem outros seres microscópicos capazes de se alimentar e “respirar” na ausência do oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas.
No processo anaeróbico, os subprodutos dependem do tipo do composto orgânico e da bactéria que está atuando. Quando são bactérias sulfatorredutoras – em ambientes ricos em sulfatos – ocorre o cheiro desagradável de ovos podres, típico de ambientes sépticos. Ao processo com mau odor chama-se também de putrefação.
Mas a decomposição anaeróbica também ocorre sem odores, por exemplo, com a produção de metano (gás dos pântanos), os álcoois, como os da decomposição por fungos da cevada, cana-de-açúcar e uva, produzindo a cerveja, a cachaça e o vinho. A estes processos chama-se fermentação.
Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição. São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para formação de suas células.
Para que ocorra a decomposição duas condições são essenciais:
a) que ocorram condições favoráveis à vida dos microrganismos, já que sua presença é indispensável;
b) que a matéria a ser decomposta seja assimilável.
Assim, para evitar que um produto entre em decomposição, cria-se condições desfavoráveis à proliferação dos microrganismos decompositores. Os meios para isto são conhecidos: aquecimento, resfriamento, dessecamento e uso de substâncias tóxicas. Há ambientes na Terra desfavoráveis à atividade bacteriana: nas zonas glaciares animais pré-históricos congelados se mantém inteiros; nas regiões extremamente áridas, os animais mortos desidratam sem apodrecer.
Bibliografia: MULLER. A. C., Introdução à Ciência Ambiental; Curitiba – PUC-PR; uso didático. Págs. 67 a 73.
Poluição da Água
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As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes.
Poluição é a contaminação da água com substâncias que interferem na saúde das pessoas e animais, na qualidade de vida e no funcionamento dos ecossistemas. Alguns tipos de poluição têm causas naturais - erupções vulcânicas, por exemplo - mas a maioria é causada pelas atividades humanas. À medida que a tecnologia foi se sofisticando, o risco de contaminação tornou-se maior.
Em 1882, o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906) escreveu Um inimigo do Povo, narrativa das desventuras do médico de um balneário turístico que percebe que as águas da cidade foram contaminadas por curtumes da região. Ele descobre que a poluição estava espalhando o tifo e outras doenças e resolve denunciar o problema. Entretanto, enfrenta uma resistência violenta por parte das autoridades e do conjunto da sociedade, que temem os prejuízos que poderiam ter em decorrência dessa má propaganda. Não são de hoje, portanto, a poluição de rios e oceanos e o conflito entre interesses econômicos e proteção ambiental. Mas foi apenas em meados do século XX que as conseqüências das atividades poluentes começaram a ficar evidentes.
Na década de 1950, os níveis de oxigênio de vários rios urbanos importantes de países ricos baixaram a patamares críticos - chegaram a cerca de 10% do volume normal. Em Londres, um barco chegou a ser usado para injetar oxigênio puro diretamente na água, uma solução cara e com resultados limitados.
Os últimos levantamentos da ONU a esse respeito são bastante eloqüentes. De acordo com ela, os 14 maiores rios europeus têm nascentes com "bom status ambiental", mas no resto de seu percurso, estão bastante degradados. Na Ásia, todos os rios que cruzam cidades estão altamente poluídos. Se o ritmo de crescimento da poluição continuar acompanhando o da população, a Terra poderá perder 18 mil quilômetros quadrados de águas doces até 2050 - quase nove vezes o volume total usado a cada ano em irrigação no mundo. Ainda segundo a ONU, os pobres são, como é de se imaginar, os mais afetados pela poluição. Metade da população de países em desenvolvimento está exposta a mananciais poluídos. O quadro é particularmente grave na Ásia, onde os rios têm três vezes mais bactérias originárias de esgotos do que a média mundial. Além disso, os corpos d'água asiáticos apresentam taxas de enxofre até 20 vezes superiores às de países ricos.
As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários. São biodegradáveis, ou seja, são destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse processo de destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e não podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, câdmio e mercúrio. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.
Poluentes sob a lupa
Esgotos - em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d'água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta. No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da população urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas 35,5% dos esgotos coletados são submetidos a algum tipo de tratamento.
Resíduos químicos - geralmente descartados por indústrias e pela mineração, são difíceis de degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no fundo de rios, lagos e mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre os mais nocivos estão os chamados metais pesados - chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Se ingeridos, podem causar diversas disfunções pulmonares, cardíacas, renais e do sistema nervoso central, entre outras. Um dos mais tóxicos é o mercúrio, comumente descartado por garimpeiros após ser empregado na separação do ouro.
Nitratos - presentes no esgoto doméstico e nos descartes de indústrias e pecuaristas, os nitratos representam especial risco à saúde de crianças, causando danos neurológicos ou redução da oxigenação do corpo. Além disso, a presença excessiva de nitratos em rios ou mares estimula o crescimento de algas, fenômeno conhecido como eutrofização. Em casos extremos, essas algas podem colorir a água e emitir substâncias tóxicas para os peixes (maré vermelha).
Vinhoto - efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool. Pode ser usado como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em corpos d'água das regiões produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora essa prática seja proibida por lei.
Poluição física - algumas atividades modificam a temperatura ou a coloração da água. É o caso da indústria que usa água para resfriar seus equipamentos e depois a devolve ao rio. Ela continua limpa, mais está muito mais quente do que quando foi captada, o que causa danos aos ecossistemas. Outras atividades, como certos tipos de mineração, podem despejar material radioativo nos rios, prejudicando a fauna e a flora.
Detergentes - em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de detergentes que não fossem biodegradáveis. No entanto, apesar de menos nocivos, os detergentes e sabões em pó comercalizados atualmente contêm fosfatos, substâncias que podem promover um crescimento acelerado de algas nos rios. Quando elas morrem, logo são decompostas por bactérias que consomem o oxigênio disponível na água e exalam mau cheiro.
Organoclorados - compostos geralmente oriundos de processos industriais, formados por átomos de cloro ligados a um bicarboneto. De toxicidade variável, suspeita-se que favoreçam o aparecimento de diversos tipos de câncer e más-formações congênitas. Os organoclorados têm a capacidade de se acumular nos tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos níveis mais altos da cadeia alimentar. Ou seja: passam dos microorganismos filtradores para os moluscos, deles para os peixes e daí para mamíferos e aves. O homem, que geralmente está no final desta cadeia, costuma ter as maiores concentrações de organoclorados em seu sangue. Alguns deles são utilizados como agrotóxicos - DDT - Dieldin e Aldrin, mas a sua produção está proibida no Brasil.
Chorume - líquido contaminado que escorre de aterros de lixo e também de cemitérios. Há relatos de moradores das proximidades dos cemitérios Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, de que mais de uma vez as enchentes trouxeram para dentro de suas casas restos de roupas e esqueletos. Por isso, os corpos devem ser enterrados sobre solos bem impermeabilizados e protegidos, para que a contaminação não chege ao lençol freático ou seja arrastada pela chuva. A mesma regra vale para os aterros sanitários e industriais.
Poluição no campo
A agropecuária contamina as águas de duas formas: quando utiliza fertilizantes e agrotóxicos e quando descarta efluentes com altas concentrações de nitrogênio, sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. A maioria dos fertilizantes enriquece o solo com altas doses de nitratos e fosfatos. Parte desses nutrientes é absorvida pelos vegetais, aumentando seu ritmo de crescimento e seu rendimento. Outra parte é arrastada pelas chuvas para os rios ou penetra no solo e acaba alcançando o lençol freático. Entre os agrotóxicos usados no combate às pragas incluem-se produtos de diferentes composições, algumas delas bastante tóxicas. Como os fertilizantes, eles também podem escorrer até um rio ou lago.
Já a criação de animais tem como principais resíduos os excrementos, que são altamente ricos em nitratos. Um porco de 100 quilos elimina cerca de um metro cúbico de esterco por ano, contendo 5,5 quilos de nitrogênio. Esses resíduos são produzidos em grandes volumes e muitas vezes despejados irregularmente nos corpos d'água. Na África são encontrados poços com um nível de nitratos até oito vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Fábrica de problemas
No começo dos anos 1950, a cidade japonesa de Minamata ganhou fama mundial quando gatos, gaivotas, pescadores e suas famílias começaram a mostrar sérios sintomas de envenenamento. Centenas de pessoas morreram e muitas outras desenvolveram problemas neurológicos permanentes. Crianças começaram a nascer com paralisia cerebral e retardo mental. As vítimas - que tinham em comum o fato de seguir uma dieta à base de peixes e molusco provenientes da baía de Minamata e do oceano, onde as águas da baía desaguavam - estavam contaminadas com altos níveis de mercúrio. O metal provinha de despejos da Chisso, uma indústria química. Desde então, esse tipo de intoxicação é conhecido como "mal de Minamata".
A repetição dessa história não é impossível. Despejar resíduos na água é uma prática bastante arraigada na cultura industrial. Já no século XVI, indústrias holandesas que alvejavam linho jogavam resíduos nos canais que passavam diante de suas portas. Todos os anos, entre 300 e 500 milhões de toneladas de metais pesados, solventes e resíduos tóxicos são despejados pelas indústrias nos corpos d'água. Mais de 80% de todos estes resíduos são produzidos nos Estados Unidos e em outros países industrializados. Um estudo feito em 15 cidades japonesas mostrou que 30% de todos os reservatórios subterrâneos estavam contaminados por solventes clorados derramados num raio de 10 quilômetros.
O Brasil tem um amplo registro de acidentes industriais que comprometem seriamente a qualidade de seus rios. Dois merecem menção especial. O primeiro foi um vazamento de 4 milhões de litros de óleo de um duto da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR), da Petrobras, em 16 de julho de 2000, dias depois de a usina ter obtido um certificado de boa gestão ambiental da série ISO 14.000. Maior acidente envolvendo a empresa em 25 anos, ele promoveu a contaminação dos rios Barigüi e Iguaçu, no mesmo estado.
O segundo episódio envolveu a indústria de papel Cataguazes, instalada na cidade mineira de mesmo nome. Em 29 de março de 2003, uma barragem de contenção da empresa se rompeu, lançando ao rio Pomba cerca de 1,2 bilhão de litros de efluentes contaminados com enxofre, soda cáustica, anilina e hipoclorito de cálcio. O rio Pomba e também o Paraíba do Sul foram seriamente contaminados. Cerca de 600 mil moradores de cidades fluminenses ficaram vários dias sem abastecimento de água e centenas de pescadores foram impedidos de trabalhar. Um dos diretores da empresa chegou a ser preso, com base na lei n.° 9.605/98, dos Crimes Ambientais, mas foi solto poucos dias depois.
Evitar a poluição industrial é tecnicamente fácil, mas nem sempre barato. As indústrias devem construir estações de tratamento de efluentes que reduzam seus teores de contaminação aos limites permitidos por lei. Essas estações podem utilizar métodos físicos, químicos e biológicos de tratamento, conforme o tipo e o grau de contaminação. Por exemplo: grades, peneiras e decantadores são usados para separar partículas maiores; bactérias degradam materiais biológicos; e aditivos químicos corrigem o pH.
Entretanto, o ideal é que a indústria nem sequer produza resíduos. Para isso, ela deve implantar um programa de "produção mais limpa". Este conceito propõe que se faça uma série de adaptações de modo a economizar água, energia e matérias-primas ao longo do processo industrial criterioso de toda a linha de produção para que não se desperdice nada - afinal, qualquer perda se converte em resíduo no fim do processo. Por exemplo: uma fábrica que usa 10 mil litros diários de água para lavar seus equipamentos e no final do dia joga fora esse efluente contaminado com óleos e gorduras tem de fazer um grande investimento numa estação de tratamento. Entretanto, ela tem a opção de instalar um sistema mais simples de separação dos óleos e gorduras. Esses resíduos voltam para o processo industrial, quando possível, ou são vendidos a terceiros ou ainda, em último caso, podem ser descartados num aterro. A água, agora limpa, pode ser reaproveitada na íntegra. Dessa forma, a produção mais limpa traz ganhos econõmicos para o empreendedor. Graças a esse tipo de esforço, o volume de efluentes industriais orgânicos descartados anualmente no Brasil caiu 20% entre 1980 e meados dos anos 1990, de acordo com levantamento do Banco Mundial.
Mares Mortos
Apesar de suas dimensões imensas, os oceanos são tão vulneráveis à poluição quanto qualquer outro ambiente natural. Contudo, sua gigantesca capacidade de diluição costuma esconder os danos produzidos. Em média, 200 mil toneladas de óleo são derramadas nos mares todos os anos. Aproximadamente 44% desse volume tem origem na exploração, processamento e transporte do petróleo. O restante é resultado do descarte de óleo usado por uma série de atividades.
Um dos principais responsáveis pelos grandes derramamentos de petróleo que sistematicamente dominam as manchetes de jornais é o envelhecimento da frota mundial de petroleiros. Cerca de 3 mil navios continuam em atividade, apesar de já transportarem combustíveis há mais de 20 anos.
Uma segunda causa de contaminação é a poluição produzida no continente. A Baía de Guanabara, por exemplo, recebe a cada dia 500 toneladas de esgotos, 50 de nitratos e metais pesados e 3 mil toneladas de resíduos sólidos (areia, garrafas plásticas e latas). O mesmo ocorre em todo o litoral brasileiro. Pelo menos 95 mil toneladas de resíduos industriais são despejados todos os anos na Baía de Todos os Santos, que banha Salvador. Desse total, quase a metade é considerada tóxica. O mercúrio é encontrado em grandes quantidades.
O fenômeno se repete mesmo em cidades de menor porte. O maior criadouro natural de camarões de Maceió foi batizado pelos pescadores de "Lama Grande", por estar seriamente contaminado pelos esgotos jogados por um emissário submarino. Os limites toleráveis para a poluição são estabelecidos localmente e variam muito: no Brasil, uma praia é considerada imprópria para banho se nela forem encontrados 400 enterococos (bactéria presente nas fezes e muito resistente) por 100 mililitros de água. Nos Estados Unidos, isso acontece se forem encontrados apenas 35.
Fonte: Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. BEI. São Paulo-SP, 2003.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
O que você pode fazer para contribuir com a preservação:
No banheiro: regule torneiras e descargas. Conserte os vazamentos assim que forem notados; Feche a torneira enquanto escova os dentes. Se enxaguar a boca com um copo d’água, conseguirá economizar mais de 11,5 litros de água (casa) e 79 litros (apartamento); Economize água colocando um tampão na pia e fazendo do lavatório um tanquinho, enquanto faz a barba por exemplo. Detalhe: ao fazer a barba em cinco minutos, com a torneira maio aberta, pode-se chegar a gastar 12 litros de água (casa) e 80 litros (apartamento); Procure não tomar banho demorado. Cinco minutos no chuveiro são suficientes para um bom banho. Coloque um balde embaixo do chuveiro para armazenar a água enquanto esquenta. Assim, ela pode ser utilizada para outras atividades da casa, como colocar a roupa de molho ou lavar a louça; Não use a privada como lixeira ou cinzeiro. Não jogue papel higiênico, absorvente, ponta de cigarro, preservativo, gilete, pó de café, restos de comida, cascas de frutas, legumes, óleo e qualquer outro tipo de detrito; Nunca acione a descarga à toa, pois ela gasta muita água.
Na cozinha: ao lavar a louça, ensaboe tudo o que tem que ser lavado e depois abra a torneira novamente para enxágüe; Só ligue a máquina de lavar louça quando ela estiver cheia; Na higienização de frutas e legumes, utilize cloro ou água sanitária, de uso geral (uma colher para um litro de água, por 15 minutos). Depois coloque duas colheres de sopa de vinagre em um litro de água e deixe por mais 10 minutos, economizando o máximo de água possível.
Na Lavanderia: junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque. Não lave uma peça por vez. Procure usar a máquina no máximo três vezes por semana; Se as roupas são lavadas no tanque, deixe-as de molho e use a mesma água para esfregar e ensaboar. Use água nova apenas no enxágüe. Aproveite esta última água para lavar o quintal ou a área de serviço; Reuse a água do tanque para lavar carros e calçadas ou use, para estes casos, um balde.
No jardim: Confira seu relógio de água (o hidrômetro). Faça um teste fechando todas as torneiras, desligando os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários. Anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro. Depois de uma hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento em sua casa; Use um regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira; Não fique horas lavando a calçada com água potável; Se você tem piscina de tamanho médio exposta ao sol e aação do vento, saiba que ela perde aproximadamente 3.780 litros de água por mês por evaporação, o suficiente para suprir as necessidades de água potável de uma família de quatro pessoas por cerca de um ano e meio, considerando o consumo médio de dois litros/habitante/dia. Com uma cobertura ( encerado, material plástico), a perda é reduzida 90 %.
Caixa d’água: mantenha sua caixa d’água limpa, ela deve ser lavada pelo menos a cada seis meses.
Vazamentos: consertos de vazamentos na rua são de responsabilidade da Estação de Tratamento de Água de sua cidade. Se você constatar um, acione a instituição responsável em seu município. Consertos de vazamentos dentro de casa são de responsabilidade do morador, que deve conserta-lo rapidamente. Segundo a Sabesp, um pequeno buraco de dois milímetros no encanamento desperdiça até 3.200 litros de água em um dia. Quanto mais rápido você fizer isso, menor será seu prejuízo.
Na cozinha: ao lavar a louça, ensaboe tudo o que tem que ser lavado e depois abra a torneira novamente para enxágüe; Só ligue a máquina de lavar louça quando ela estiver cheia; Na higienização de frutas e legumes, utilize cloro ou água sanitária, de uso geral (uma colher para um litro de água, por 15 minutos). Depois coloque duas colheres de sopa de vinagre em um litro de água e deixe por mais 10 minutos, economizando o máximo de água possível.
Na Lavanderia: junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque. Não lave uma peça por vez. Procure usar a máquina no máximo três vezes por semana; Se as roupas são lavadas no tanque, deixe-as de molho e use a mesma água para esfregar e ensaboar. Use água nova apenas no enxágüe. Aproveite esta última água para lavar o quintal ou a área de serviço; Reuse a água do tanque para lavar carros e calçadas ou use, para estes casos, um balde.
No jardim: Confira seu relógio de água (o hidrômetro). Faça um teste fechando todas as torneiras, desligando os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários. Anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro. Depois de uma hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento em sua casa; Use um regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira; Não fique horas lavando a calçada com água potável; Se você tem piscina de tamanho médio exposta ao sol e aação do vento, saiba que ela perde aproximadamente 3.780 litros de água por mês por evaporação, o suficiente para suprir as necessidades de água potável de uma família de quatro pessoas por cerca de um ano e meio, considerando o consumo médio de dois litros/habitante/dia. Com uma cobertura ( encerado, material plástico), a perda é reduzida 90 %.
Caixa d’água: mantenha sua caixa d’água limpa, ela deve ser lavada pelo menos a cada seis meses.
Vazamentos: consertos de vazamentos na rua são de responsabilidade da Estação de Tratamento de Água de sua cidade. Se você constatar um, acione a instituição responsável em seu município. Consertos de vazamentos dentro de casa são de responsabilidade do morador, que deve conserta-lo rapidamente. Segundo a Sabesp, um pequeno buraco de dois milímetros no encanamento desperdiça até 3.200 litros de água em um dia. Quanto mais rápido você fizer isso, menor será seu prejuízo.
terça-feira, 1 de junho de 2010
CONSCIÊNCIA E PRESERVAÇÃO DA AGUA
Hoje, cerca de 3 bilhões de pessoas enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Você sabia que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas. Esse pouquinho de água que nos resta está ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais.Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas. Mas, como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa contribuição no dia-a-dia? Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome, em média, por dia? Não? São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe.Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água.
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